segunda-feira, 27 de julho de 2009

Agora as bonitas paisagens francesas só se verão para o ano


Foi ontem que acabou a edição de 2009 da Volta a França. Infelizmente não foi das melhores, diria até pouco emocionante. Talvez devido a pela primeira vez ter uma etapa em alta montanha no penúltimo dia, ou talvez devido a uma equipa ser claramente mais forte que as outras, o que é certo é que não aconteceu praticamente nada nas duas primeiras semana a não ser as vitórias de Mark Cavendish que foi claramente o melhor sprinter deste ano ganhando praticamente (e facilmente) todas as etapas que acabaram em sprint este ano. Por isso passaram-se os Pirenéus com muito poucos ataques e pouca emoção e tendo após as dificuldades como camisóla amarela o italiano Nocentini devido a estar envolvido numa fuga e que se sabia não aguentar por lá muito mais tempo. Os Alpes já tiveram alguma emoção com ataques de algumas figuras, mas só com os irmãos Schleck a conseguirem fazer alguma mossa à Astana, mas não a Contador que com melhor ou pior dificuldades foi-se aguentando e mesmo distanciando de todos os outros. Foi no contra-relógio anterior à etapa do Mount Ventoux que Contador tirou as poucas dúvidas que poderiam haver sobre a sua superioridade em relação aos restantes. Pode-se dizer assim que o espanhol ganhou com alguma facilidade o Tour, tendo como principal dificuldade os problemas que surgiram no interior da sua equipa, que por ter dois dos principais candidatos à vitória final acabou, como eu dissera na previsão da prova deste ano, por quase desmantelar a equipa (Lance Armstrong tem já uma nova equipa e Contador também poderá sair da Astana). É que ainda por cima notou-se, para mal do espanhol, que embora fosse claramente o mais forte da prova, o favorito do director desportivo era claramente Armstrong. Sendo ainda relativamente novo Contador poderá ganhar ainda muitas Voltas a França (para já esta foi a 2ª), embora tenha de contar no futuro com Andy Schleck, principalmente se este conseguir melhorar alguma coisa no contra-relógio, é que mesmo com os problemas dele nesta especificidade conseguiu ficar em 2º e foi o único que quase conseguiu acompanhá-lo na montanha. Surpresa na prova foi o inglês Braddley Wiggins que já se sabia ser forte no contra-relógio e que se defendeu relativamente bem na montanha. Quanto a decepções foram principalmente Cadel Evans e Carllos Sastre: o australiano quase não se viu e o espanhol, que relembre-se tinha sido o último vencedor da prova (embora não se esperasse que ele voltasse a ganhar), acabou por "cavar a sua própria sepultura" por numa das principais etapas dos Alpes ter sido o primeiro a atacar os favoritos mas a não ganhar vantagem sobre eles e mais tarde acabou por se ressentir nessa etapa e no resto da Volta a França. Por último os portugueses: Sérgio Paulinho foi claramente dos que mais trabalhou na Astana em prol dos seus líderes. Resta saber agora que equipa representará agora, pois parece também ir abandoná-la. Quanto a Rui Costa estava a ter uma prova mais discreta, como se esperava, acabando por ter estado envolvido numa queda e acabando por trer de desistir da prova. Agora em termos de ciclismo para quem gosta há daqui a pouco tempo a Volta a Portugal, logo seguida da Vuelta, esperamos que bem mais emocionantes que esta prova.

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